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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, encontra-se no centro de uma controvérsia após ser revelado que ela recebeu apenas uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em 2024, apesar das diretrizes do Ministério da Saúde recomendarem duas doses anuais para indivíduos com 60 anos ou mais.
A informação, obtida pelo portal Metrópoles através da Lei de Acesso à Informação, expôs a aparente negligência da ministra em seguir as normas estabelecidas por sua própria pasta. A omissão levanta questões sobre a seriedade com que o governo de Lula trata a saúde pública, especialmente em relação à vacinação.
A recomendação do Ministério da Saúde é clara: idosos, grupo de maior risco para a Covid-19 devido à imunossenescência, devem receber duas doses anuais da vacina, com um intervalo de seis meses entre elas. Essa medida visa garantir a proteção contínua contra o vírus.
Segundo o documento "Estratégia de Vacinação Contra a Covid-19", elaborado pelo próprio Ministério da Saúde durante a gestão de Nísia Trindade, o plano de vacinação para pessoas com 60 anos ou mais prevê a aplicação de uma dose a cada seis meses, independentemente do número de doses recebidas anteriormente.
Considerando que Nísia Trindade recebeu uma dose de reforço em fevereiro de 2024, a segunda dose deveria ter sido administrada a partir de agosto do mesmo ano. No entanto, não há registro de tal aplicação em sua carteira de vacinação.
"tomou seis doses da vacina contra Covid-19".
Em resposta ao Metrópoles, o Ministério da Saúde confirmou que Nísia Trindade recebeu seis doses da vacina contra a Covid-19, o que implicitamente admite que a segunda dose de reforço em 2024 não foi tomada. A pasta acrescentou que a ministra "irá atualizar sua carteira de vacinação ainda nesta semana", numa tentativa de minimizar o impacto da revelação.
A gestão de Nísia Trindade tem sido marcada por dificuldades no que diz respeito à vacinação. O governo atual incinerou um volume alarmante de medicamentos e vacinas, superando em três vezes o montante descartado durante toda a gestão do ex-presidente Bolsonaro. O valor total desperdiçado em dois anos atingiu a cifra de R$ 1,9 bilhão, um escândalo que demonstra a ineficiência e o descaso com os recursos públicos.
Este episódio envolvendo a ministra Nísia Trindade levanta sérias questões sobre a coerência e a credibilidade das políticas de saúde do governo Lula. Afinal, como esperar que a população siga as orientações do Ministério da Saúde se a própria ministra não o faz?
*Reportagem produzida com auxílio de IA